sábado, março 07, 2009

Fundos de pensão

Taí um assunto interessante. Sempre ouvi dizer que os fundos de pensão das empresas eram bons locais para desvio de dinheiro. O fundo investe em determinada aplicação, a aplicação pode não dar certo efazer o que, não é? Era um investimento de risco. Assim foram várias aplicações que levaram o fundo de pensão dos funcionários da Cedae, por exemplo, a bancarrota. A Real Grandeza, fundo dos funcionários de Furnas, quase quebrou a bem pouco tempo. Um dos motivos? Aplicação de 120 milhões no Banco Santos, que quebrou.

Mas como isso funciona? Simples, "lobby" junto ao diretor de aplicação e o presidente. Quanto você acha que o Banco Santos "liberou" para quem aplicou nele no apagar das luzes? É como operadora de celular, assine o meu serviço e te dou um telefone. O problema é que quando assinamos um celular, o dinheiro é nosso, no caso dos fundos de pensão, o dinheiro é dos outros.

Há cerca de 10 anos atrás ouvi uma história que um determinado fundo de pensão tinha que captar 1 milhão de reais para a campanha de determinado candidato. Ou seja, isso sempre rolou e ninguém faz nada.

Agora, com a história da Fundação Real Grandeza, estão estranhando o empenho do PMDB, especialmente do deputado Eduardo Cunha, que está por trás disso, em gerir corretamente o fundo de pensão dos funcionários de Furnas. Ora, o fundo estava na lama e se reergueu após essa administração, que ganhou prêmio de gestão no ano passado por conta de sua atuação. O problema é que esse pessoal que está à frente da RG é sério, e, com certeza não se presta ao papel de arrecadador para partidos e/ou políticos, o que atrapalha os planos de muita gente.

O mais triste de tudo isso é ver gente da própria casa, funcionários de carreira se prestando ao papel de defensores da moralidade e boa gestão do fundo, querendo e vontando para a troca da direção. Ou estão fazendo papel de vaquinhas de presépio, ou estão ganhando alguns celulares...

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